Portugal exportou 26 mil toneladas de plantas Cannabis
Fonte oficial do Infarmed, confirmou que foram exportadas desde 2019, ano em que foi legalizado o uso da planta cannabis para fins medicinais em Portugal cerca de 26 mil toneladas cultivadas e produzidas em Portugal.
Em 2022, último ano com dados completos, foram exportadas 9.271 toneladas da planta Cannabis, o que representa um aumento de 1.207% em relação às 709 toneladas exportadas em 2019 ano de entrada em vigor da lei.
Nos primeiros seis meses de 2023, foram exportadas 5.438 toneladas, representando 58,6% do total exportado durante todo o ano de 2022.
O Infarmed (Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde) em comunicado feito à agência ” Lusa ” após o quinto ano da entrada em vigor da lei, referiu que os principais países importadores da planta Cannabis produzida em Portugal são Espanha, Alemanha, Austrália, Malta e Polónia.
Portugal conta já com 21 empresas licenciadas para o cultivo da canábis para fins medicinais, 13 para fabrico, 27 com licenças para importação e exportação e 15 para comercialização.
O Infarmed adiantou que estão em estudo 3 pedidos de autorização para colocação no mercado nacional de 3 novas substâncias e 12 preparações à base da planta de cannabis.
Desde que foi aprovado em 2021 a comercialização da primeira planta Cannabis, e até agora única, foram vendidas cerca de 20.000 embalagens do produto, que consiste em flores secas da planta ‘Cannabis Sativa’, contendo 18% de tetrahidrocanabinol (THC) e menos de 1% de canabidiol (CBD).
Em Portugal também já está autorizado a venda de alguns medicamentos para o tratamento de certas doenças graves como esclerose múltipla ” Sativex ” e o ” Epidiolex ” para epilepsia grave em crianças, tendo a Associação Nacional de Farmácias confirmado à agência ” Lusa ” que já foram vendidas mais de 3.300 embalagens destes dois medicamentos.
A presidente da direção do Observatório Português de Canábis (OPC), a titulo de balanço após os cinco anos da leia, firmou que algumas coisas têm vindo a mudar pese embora ainda estejamos muito longe do ideal.
Segundo o Observatório Português de Canábis (OPC), as empresas Portuguesas produtoras da planta Cannabis acabam por exportar praticamente toda a produção de cultivo o que de certa forma terá que mudar para o bem dos nossos doentes que sofrem de doenças crónica associada a doenças oncológicas, epilepsia e esclerose múltipla, náuseas e vómitos causados por tratamentos relacionados com quimioterapia entre outras doenças.