By Lola Cannabis Terapeutico Junho 21, 2024

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A hidroponia é a técnica de cultivar plantas sem solo, onde as raízes recebem uma solução nutritiva balanceada que contém água e todos os nutrientes essenciais ao desenvolvimento da planta. Na hidroponia as raízes podem estar suspensas em meio liquido (NFT) ou apoiadas em substrato inerte (areia lavada por exemplo).

Ao cultivar com solução nutritiva utilizando um substrato não inerte (húmus por exemplo), admite-se dizer que é um cultivo sem solo, mas não é adequado referir-se como sendo hidroponia.

Quando a solução é aplicada ao solo, tem-se a ferti-irrigação. Não é cultivo sem solo, nem hidroponia. Em geral esta solução não é completa, pois tem caráter complementar.

Portanto, na hidroponia a única fonte de nutrientes para as plantas é a solução nutritiva, pois, se houver substrato, este é inerte.

No caso de cultivo sem solo, basta que o solo não seja utilizado. Um exemplo, é o cultivo apenas em húmus de minhoca.

A palavra hidroponia vem do grego, dos radicais hydro = água e ponos = trabalho. Apesar de ser uma técnica relativamente antiga, o termo hidroponia só foi utilizado pela primeira vez em 1935 pelo Dr. W. F. Gericke da Universidade da California..

Essa técnica pode ser aplicada tanto em escala doméstica (pequenos vasos) bem como em escala comercial (grandes plantações em galpões). Gericke adotou o sistema de cultivo sem solo para as condições de campo, de tal forma que se tornou o primeiro passo para viabilizar o cultivo em escala comercial.

Existem diversas maneiras de realizar o cultivo da cannabis e um dos principais objetivos dos cultivadores é a sua relação custo-benefício, ou seja, obter a melhor colheita no menor tempo possível. O cultivo hidropônico é um sistema milenar (1935), e um dos mais produtivos em termos de qualidade.

Existem diversas formas para o cultivo hidropônico da cannabis, incluindo o sistema de gotejamento, de fluxo e refluxo, de filme nutritivo e sistemas de aeroponia. Esse método é muito vantajoso para quem cultiva cannabis, porque proporciona um crescimento mais rápido e vigoroso das plantas, permitindo uma absorção mais eficiente dos nutrientes. No entanto, essa técnica requer um monitoramento cuidadoso da solução nutritiva e do pH, além de um investimento inicial em equipamentos e suprimentos para cuidar de todo o processo de desenvolvimento da planta.

Vantagens do cultivo hidropónico:

Eleva o nível de crescimento: As plantas de cannabis, geralmente, crescem mais rapidamente do que aquelas cultivadas em solo, devido ao acesso direto aos nutrientes e oxigênio.
Reduz o consumo de água: A técnica hidropónica recicla a água, o que significa que há menos consumo de água comparativamente com o cultivo em solo.
Controlo preciso de nutrientes: Os nutrientes são fornecidos diretamente à solução nutritiva, permitindo um controlo mais preciso sobre os nutrientes que as plantam recebem.
Redução de doenças do solo: Como as plantas são cultivadas sem solo, há menos probabilidade de doenças como fungos e pragas.
Otimização do espaço: As plantações podem ser configurados verticalmente ou em espaços compactos, permitindo um uso mais eficiente da área cultivada.
Facilidade de automatização: Podem ser facilmente automatizados para controlar a alimentação de nutrientes, o PH e outros parâmetros ambientais, reduzindo a mão de obra necessária para o cultivo.



Desvantagens do cultivo hidropónico:

Custo inicial elevado: O investimento em equipamentos e suprimentos para configurar este sistema de cultivo pode ser significativo, especialmente para sistemas mais avançados que incluem automatização e sua monotorização.
Complexidade do cultivo: Este tipo de método requer bons conhecimento técnico para configurar corretamente o sistema.
Falhas no sistema: Caso tenha alguma interrupção no fornecimento de água ou energia, as plantas podem sofrer rapidamente elevados danos.
Risco de intoxicação por nutrientes: Se os níveis de nutrientes ficarem desequilibrados, as plantas podem sofrer intoxicação ou deficiências nutricionais.
Manutenção regular: Os sistemas hidropónicos requerem uma manutenção regular, incluindo limpeza dos componentes, a troca da solução nutritiva e a monotorização dos parâmetros ambientais.
PH da solução nutritiva: O potencial de hidrogênio ideal varia ligeiramente, de acordo com a fase de crescimento da planta, mas geralmente está na faixa de 5,5 a 5,8 para a fase de crescimento e 6,0 a 6,2 para a fase de floração. Manter o PH dentro dessa faixa ajuda a garantir a absorção eficiente pelas raízes.

Em suma para escolher o sistema de cultivo hidropónico ideal é preciso analisar vários aspetos ou seja, considerar as características e necessidades da cultura que se pretende produzir, as condições do clima na região, os cuidados que cada um dos modelos requer já que alguns exigem mais manutenção do que outros e, ainda, o orçamento disponível para investir nesta técnica de cultivo.

Embora, de forma geral, a hidroponia seja conhecida como o cultivo na água, existem várias formas de implementar este método, inclusive sem que as raízes fiquem submersas na solução líquida ou seja, existem diversos tipos de sistemas hidropónicos, que podem ser classificados como estáticos ou dinâmicos e fechados ou abertos.

Quando um cultivo hidropónico é estático e fechado, significa que a solução nutritiva utilizada para manter as plantas não circula pelo sistema ou seja, permanece parada junto ou próxima às raízes e não retorna ao reservatório. Já quando se trata de um cultivo dinâmico e aberto, a solução movimenta-se pelo sistema e volta ao reservatório após a circulação.

Destaca-se entre os principais tipos de sistemas hidropónicos:

Sistema floating: nesse cultivo, as plantas flutuam sobre a solução nutritiva, com as raízes submersas nela. Geralmente, usa-se uma placa de isopor em cima do reservatório com o líquido, acomodando as mudas em pequenos furos. Nesse sistema, é necessário trocar a solução periodicamente e fazer a oxigenação dela constantemente. Trata-se de uma boa opção para áreas com calor intenso.

Sistema de pavio: trata-se de um cultivo mais voltado ao uso doméstico, principalmente em vasos decorativos, em que o sistema é estático e fechado. Nesse caso, um pavio conecta o vaso da planta a um reservatório contendo a solução nutritiva. É por esse pavio que a solução sobe, por meio de um fenômeno conhecido como capilaridade, e nutre o vegetal.

Sistema NFT (Nutrient Film Technique): este é o tipo de cultivo hidropónico mais utilizado e consiste no uso de uma motobomba, acionada por meio de um temporizador, que faz a solução circular por todo o sistema e voltar ao reservatório conforme o tempo definido pelo produtor. É preciso trocar a solução e desinfectar os tubos e o reservatório com frequência.

Sistema de subirrigação: neste modelo, também é utilizada uma motobomba e um temporizador para que a solução nutritiva irrigue as raízes das plantas periodicamente, em geral, de duas a três vezes por dia, o que depende das necessidades da cultura produzida e também das características do ambiente. Depois de circular, a solução volta ao reservatório.

Sistema de gotejamento: neste caso, as plantas são acomodadas em substrato e há gotejadores sobre a superfície desse material, junto ao pé das mudas, que são acionados por um temporizador. Embora não haja o contato das raízes com a solução como nos outros sistemas, este também é um cultivo hidropónico, já que os nutrientes vêm única e exclusivamente do líquido nutritivo.

Sistema de aeroponia: este modelo de cultivo é o mais avançado em relação à tecnologia e, por isso, também é o que exige mais investimento. Neste caso, as plantas são suspensas numa câmara, cujo interior, onde ficam as raízes, é escuro e recebe a nebulização da solução nutritiva periodicamente. Do lado de fora, ficam as partes aéreas das mudas, que recebem luz natural ou artificial.

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